quinta-feira, 10 de setembro de 2009

P A I...

P A I...

Naquela pedra fria
seu corpo ficou naquele dia.

Meu coração então gelou
e para a vida se fechou.

Não sinto mais alegria
só resta-me esta agonia.

Que corrói minha alma
que levou minha calma.

E me deixou assim
nesse vazio sem fim!

Rita de Freitas Barbosa
Fpolis, 30 julho de 2004.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Lembra-se?

Lembra-se daquele beijo que te dei
Naquela linda noite enluarada?
Quando a vi, num instante me enamorei
E agora tudo terminou em nada!

Lembra-se daquele abraço que te dei
Quando em casamento eu te pedi?
Logo que da longa viagem regressei...
E somente ingratidão recebi!

Lembra-se do meu retrato que te dei
Pela troca do teu que recebi?
Ao olhá-lo, neste momento chorei...
Certamente porque pra você eu morri!

Lembra-se da aliança de noivado
Que nada mais está significando?
Tudo terminou! Tudo está acabado...
Mesmo assim, eu continuarei te amando!

Aquele Tempo de Criança

Eu tenho saudade e triste lembrança
E sei que meu irmão também deve ter!
Do bem-aventurado tempo de criança
Que anos distantes, não fazem esquecer...

Eu corria pelo bsoque todo florido
Levado pelo vento que me acariciava...
Num rio de luzes via o céu colorido!
Cansado de correr, na grama sentava...

Dos montes sentia o perfume das flores
Ouvindo o belo trinar dos passarinhos
Que nos frondosos ramos faziam seus ninhos...

Inocente, da vida não sofria dores
Á noite orava a Jesus e aos Santos
Naqueles dourados dias de encantos!

O Jornaleiro

Olha o jornal ''o Dia''! Olha ''o Dia''...
Era assim que o jornaleiro gritava
Eu, menino, muitas vezes o escutava
Pela manhã, quando o sol já nascia!

Aparentava ter apenas onze anos
Era um garoto bem magro, franzino,
Maltrapilho e de nariz aquilino...
Triste olhar, cheio de desenganos!

Os anos passaram... Recordo-me ainda,
De quando muitas vezes o encontrava
Pelo bairro, e com ele conversava!

Daquele guri, uma saudade infinda
Lembra-me o nosso tempo de menino!
Triste, porém, seu trágico destino...

Juventude

Ah! Esta juventude de agora
No resplandente vigor dos anos,
De cabeça erguida, parte afora
Deixando para trás os desenganos...

Segue o caminho sempre florido
Da sinuosa estrada da vida
Pensamento vago, indefinido
Alma vibrante, descontraída...

Vem o declinar da existência
Com a velhice sem clemência!
Voz embargada e andar claudicante...

Ah! Esta juventude de agora
Diferente daquela de outrora,
É de uma preocupação constante!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A dor que não tem cura

Quando o sol declina no horizonte
Cedendo lugar à noite estrelada
Lembro daquele tempo tão distante
Em que beijei a primeira namorada...

O céu adomado de estrelas cintilantes
E a silente lua esmaltada de prata
Cravam em meu coração, instantes
Tão significativos daquela data!

Os anos lentamente foram passando
Os tempos mudaram ... O coração ferido!
E a recordação sempre me magoando...

A saudade é uma dor que não tem cura
É reviver um passado já vivido!
Transbordando a alma de amargura...